26 de junho de 2024 -

Caminhoneiros devem ficar atentos ao “golpe do falso frete”

De acordo com a Polícia Civil de SP, criminosos se passam por clientes a procura de serviços de frete para sequestrar e roubar as vítimas

Atenção, caminhoneiros! Uma nova modalidade de golpe tem sido alvo de investigações da Polícia Civil de São Paulo (PCSP). Por meio de aplicativos de serviços de frete, criminosos estão atraindo motoristas de caminhões para realizar sequestros e roubar os veículos.

De acordo com o delegado da Divisão Antissequestro, Fábio Nelson, os golpistas se passam por funcionários de empresas que estariam solicitando serviço de frete pelo aplicativo.

Criminosos estão criando perfis falsos de empresas, iniciam a contratação no aplicativo e combinam o serviço. Quando o caminhoneiro chega, é sequestrado e levado para um cativeiro para garantir a subtração do caminhão. E enquanto o caminhoneiro está na mão dos sequestradores, o grupo faz movimentações financeiras no celular do trabalhador e eventualmente liga para a família para exigir um valor de resgate”, afirma.

Ainda de acordo com Nelson, caso algum caminhoneiro receba o pedido de frete, deve pesquisar sobre o solicitante, procurar o contato da empresa e ligar para confirmar se a solicitação para o serviço realmente existe.

Segundo o delegado, o “golpe do falso frete” passou a ser registrado pela polícia paulista no final do ano passado. Pelo menos oito suspeitos já foram presos no estado em meio às investigações da Divisão Antissequestro.

De acordo com as apurações da PCSP, os grupos se dividem em setores, com encarregados de cuidar da logística do crime, do cativeiro para onde as vítimas são levadas e do caminhão. Na maioria das vezes, os veículos são levados para outras regiões do estado e até para fora do país.

No início deste ano, três homens suspeitos de integrarem uma quadrilha foram presos em Guarulhos, na Grande São Paulo. Já neste mês, outras cinco pessoas envolvidas no golpe do falso frete também foram detidas. Quatro delas foram presas após mandados de prisão e busca e apreensão autorizados pela Justiça.

Com informações da Ascom do Governo de SP