Produtos como fertilizantes, bioquímicos, combustíveis, materiais tóxicos, radioativos ou corrosivos são categorizados, pelo Departamento Nacional de Infraestrutura de Transportes (DNIT), como cargas perigosas. Portanto, é preciso uma série de medidas especiais para transportá-los.
De acordo com o DNIT, órgão responsável pela infraestrutura de transportes no país, todos os produtos de origem química, biológica ou radiológica que são nocivos ao meio ambiente ou à população são classificados de natureza perigosa. Por isso, precisam de cuidados especiais para serem transportados com segurança.
Raphael Caetano, Head da ErgoLog, holding de logística composta por três empresas do Grupo Ergo, destaca algumas exigências para o transporte de cargas classificadas como perigosas. “Tudo vai depender do produto que está sendo transportado, mas alguns exemplos são a Autorização Ambiental para Transporte de Produtos Perigosos, emitida pelo Ibama, um rótulo de risco, um painel de segurança e autorizações de órgãos como o Exército, a Polícia Federal e a Abiquim; além disso, o horário que o caminhão pode circular nas estradas e os locais permitidos para as paradas também são bem específicos”, conta Raphael. Há oito anos no mercado, a ErgoLog é uma das maiores transportadoras de químicos e fertilizantes do Brasil.
Os fertilizantes não podem ser armazenados e transportados junto a outros produtos com mesma propriedade. Neste caso, Raphael explica que “o contato direto com o chão deve ser evitado e, por isso, pallets precisam ser usado na base e na lateral das embalagens; se os fertilizantes estiverem ensacados, é recomendado cuidado na pilhagem, evitando colunas altas para garantir a boa ventilação entre os sacos.”
O armazenamento e o transporte de cargas perigosas exigem um planejamento mais complexo. “Muitas vezes precisamos consultar as legislações para definirmos qual a melhor rota e modo de transporte e verificar quais as estruturas necessárias para mitigar que mitiguem os riscos no trânsito desses produtos”, conta Raphael.
Motoristas
O uso de Equipamentos de Proteção Individual (EPIs) é fundamental na manipulação dos produtos e os condutores devem ainda ter a certificação de Transporte de Produtos Perigosos (TPP), oferecido pelas empresas contratantes. A Ergolog exige ainda que o motorista tenha o certificado do MOPP – Movimentação de Produto Perigoso, treinamento feito por empresas especializadas.
No curso, eles aprendem a reagir em casos de acidente ou emergência, sobre os EPIs e a forma de movimentar o caminhão e de sinalizar na via, por exemplo. Na ErgoLog, a relação com os mais de seis mil motoristas cadastrados na base da empresa é um diferencial no mercado. “Temos uma grande preocupação com a saúde dos nossos condutores parceiros, por isso, fazemos uma triagem, ele passa por uma consulta médica e é monitorado semanalmente”, detalha Raphael.