Os números da Associação Brasileira de Administradoras de Consórcio (ABAC), comprovam o quanto a modalidade tem sido uma opção cada vez mais procurada para a aquisição de veículos pesados. Em 2023, segundo a ABAC, os consórcios de pesados, que reúne caminhões, tratores, implementos rodoviários e agrícolas apresentaram crescimentos bastante significativos. No tocante ao transporte rodoviário de cargas e de passageiros, além das atividades no agronegócio, o setor registrou crescimento de 11,8% nos negócios, em créditos comercializados.
“Realmente percebemos algumas ações do governo para ajudar o autônomo a renovar a idade do seu caminhão. Porém todas as propostas acabam esbarrando na burocracia. Talvez, nesse sentido, o consórcio pode ser uma boa ferramenta, desde que exista uma programação financeira, destacou Mauro Andrade, gerente comercial do Consórcio Iveco, administrado pela Ademicon.
Andrade explica que o custo do consórcio é menor do que o financiamento. Entretanto para optar pela modalidade é preciso ter uma visão, pelo menos, de médio prazo. “Muitas vezes a população é imediatista e não tem o hábito de guardar e poupar. E, a modalidade exige esse pensamento”, explicou.
A questão do prazo para conseguir comprar o caminhão é levada em consideração por parte dos autônomos. Andrade cita que o tempo padrão de um consórcio é de cinco anos. Porém é necessário que o profissional tenha em mente qual o passo que ele quer dar em relação ao seu caminhão anterior, ou seja, se ele busca um zero quilômetro ou um seminovo. “Quando essas questões são determinadas ele consegue identificar o valor do crédito que ele precisa e com o valor do caminhão atual é possível antecipar esse prazo da contemplação. E nesse momento ele pode comprar o caminhão a vista ou até mesmo pegar um mais novo e fazer uma parcela menor”, destacou.
A grande vantagem, segundo Andrade, é o fato do autônomo, em posse de um caminhão mais novo, conseguir melhores fretes, reduzir o custo com manutenção, aumentar a disponibilidade do veículo, e como resultado ele melhorar cada vez mais o seu negócio. “Por esse motivo volto a reforçar que o importante é o autônomo se programar e planejar. O dinheiro que ele investe em um consórcio está protegido e tudo o que foi pago terá um ganho financeiro. Outro ponto é que quando for contemplado vai conseguir comprar o bem desejado”, afirmou.
Atualmente o maior público do consórcio Iveco, que completa 26 anos de mercado, são as empresas, porém o número de pessoa jurídica com um caminhão vem aumentando ao longo dos anos. “Com a mudança de mercado e de exigências, o autônomo vem mudando o seu comportamento. Ele é um profissional mais organizado e que faz conta na hora de negociar um frete para analisar se terá lucro. Portanto acredito que o consórcio será cada vez mais uma ferramenta a ser considerada na hora de trocar o caminhão”, finalizou.
Fonte: O Carreteiro