Um dos pilares da economia do Brasil, o transporte de cargas, historicamente, ajuda o país a bater recordes em exportação e gerar milhares de empregos. Porém, com 62,2% da demanda do segmento sendo realizada pelas rodovias, segundo dados da Fundação Dom Cabral, o maior desafio do setor atualmente está na má conservação das estradas brasileiras, conforme analisa a Academia PX, braço de qualificação profissional da holding catarinense do universo das cargas PX.Center.
O estudo mostra ainda que o Brasil é o único país com dimensões continentais que possui mais da metade do transporte de cargas baseado nas estradas. Apesar de toda essa relevância, menos de 15% das rodovias nacionais são pavimentadas, o que resulta em maior risco de acidentes envolvendo os motoristas profissionais e altos custos de manutenção dos caminhões para as transportadoras.
De acordo André Oliveira, CEO da PX, com as rodovias brasileiras apresentando problemas cada vez mais evidentes, motoristas e transportadoras precisam redobrar os cuidados, seja para evitar acidentes ou preservar o veículo. “Os caminhões que circulam nesses locais mal conservados tendem a consumir mais combustível, além de quebrar com maior frequência e colocar a vida do motorista em risco. O profissional que passa por isso convive com maiores níveis de estresse e insegurança. Se tivermos estradas mais cuidadas, toda a cadeia e, consequentemente, a economia brasileira, serão beneficiadas”, declara.
Já a Confederação Nacional dos Transportes (CNT) indica em seu último relatório que 67,5% das estradas brasileiras têm sua extensão classificada como regular, ruim ou péssima. Somente 32,5% das rodovias foram classificadas como ótimas ou boas. Outro detalhe é que as rodovias públicas, que representaram 76,6% da extensão pesquisada, foram as que tiveram os maiores percentuais de avaliações negativas (77,1%). Já entre as rodovias concessionadas, 64,1% da extensão da malha foram avaliadas positivamente.
Neste cenário, o treinamento para lidar com adversidades nas rodovias e a atualização sobre boas práticas ao volante surgem como alternativas para otimizar a rotina dos caminhoneiros. Pensando nisso, a PX vem aumentando os seus esforços para a frente da Academia PX. Nela, além de conscientizar os trabalhadores do setor, promove aulas com uso da automatização dos processos educativos para integrar motoristas e ajudantes às operações da transportadora contratante, auxiliando na padronização das entregas nos embarcadores.
Um destes motoristas é Rodrigo Dejair Esmeraldino, que observa uma grande diferença entre as estradas brasileiras compradas por concessionária e pedagiadas, em comparação com as administradas pelo Departamento de Estradas de Rodagem (DER), que possuem diversos problemas como buracos e falta de acostamento.
“Graças a Deus nunca tive problema nas estradas mesmo sem conservação, mas uma melhoria fundamental é o aumento do pátio para descanso dos motoristas. Só quem está no dia a dia enfrentando os desafios da profissão sabe como é ruim lidar com postos de abastecimento que não deixam o caminhoneiro pernoitar e a falta de locais específicos para isso”, comenta o motorista de Sorocaba, interior de São Paulo.
“Os motoristas que são parceiros da PX são treinados 10 vezes mais em comparação com o restante do mercado. Esse número reflete diretamente em taxas mais baixas de acidentes rodoviários e estradas mais seguras. Estamos muito atentos às necessidades do nosso ecossistema e empenhados em trazer o modelo tecnológico mais revolucionário, disponibilizando a solução verdadeira para o ponto mais sensível da logística: os motoristas”, diz o CEO André Oliveira.
Fonte: Blog do Caminhoneiro