22 de agosto de 2024 -

Mercedes-Benz lança campanha “Coletivo de respeito” para combater casos de assédio no transporte coletivo

Olá, meninas! Como vão as coisas por aí? Hoje vamos falar sobre um assunto bem importante. Em algum momento das nossas vidas nós já tivemos que utilizar transporte público, seja ônibus, metrô, trem ou ferry boat, afinal, são serviços essenciais para o dia a dia de uma comunidade que precisa ter garantias de locomoção e para ter o direito de ir e vir. Mas, a pergunta aqui é: como foram todas estas experiências? 

Nem estamos falando sobre as condições dos veículos ou a questão da lotação de pessoas, que em algumas cidades, como São Paulo e Rio de Janeiro, são constantes, mas estamos falando do problema do assédio ou importunação sexual nestes espaços, um problema que, infelizmente, não é de hoje. De acordo com uma pesquisa realizada pelo grupo “As Justiceiras”, cerca de 97% das mulheres já sofreram algum tipo de assédio ou importunação no transporte coletivo.

Seguindo o seu compromisso de ouvir as vozes das estradas e das ruas, a Mercedes-Benz do Brasil acaba de criar a Campanha “Coletivo de Respeito”, que conta com vários parceiros e que busca sensibilizar a sociedade para uma mudança efetiva na realidade das mulheres que diariamente utilizam os transportes coletivos, especialmente ônibus, e que são as principais vítimas de assédio e importunação sexual no transporte público.

Passo inédito de uma empresa de transporte, esta iniciativa, além de combater crimes e trazer mais segurança para as mulheres usuárias e profissionais do transporte público, o “Coletivo de Respeito” pretende também ampliar os canais de denúncias e assim inibir tais práticas, cada vez mais constantes, e garantir que a vítima tenha acolhimento e, claro, todos os seus direitos garantidos.

A Campanha surge em um momento em que a sociedade sofre com um triste cenário: o 5º maior índice de feminicídio do mundo, onde a cada 7 segundos uma mulher sofre violência física. Portanto, combater algumas destas práticas, especialmente em espaços públicos, se torna um dever urgente, inclusive por parte das esferas privadas, como as empresas de transporte.

A ideia é espalhar por coletivos das principais cidades do país um QR Code, que ao ser lido por uma câmera de celular, irá direcioná-la a um formulário que ao ser preenchido te direcionara para o início de um suporte assistencial, jurídico e psicológico, que vai ajudar a vítima ou testemunhas a pedirem e receberem ajuda. Assim, será possível até mesmo auxiliar o poder público com dados mais exatos e com informações sobre necessidades específicas para atendimentos em cada região.

Projeto As Justiceiras: experiência no acolhimento às mulheres

Para isso, o acolhimento e proteção às vítimas serão realizados por meio do trabalho desenvolvido pelo Projeto “As Justiceiras”, organização que atua desde 2020 no combate à violência contra a mulher. O primeiro contato para denúncia ou busca por apoio será feito por meio deste canal exclusivo, criado especialmente para combater a importunação sexual de mulheres nos transportes coletivos e facilitar o acesso ao Sistema de Justiça e à rede de proteção.

Toda a gestão do canal de denúncias e dos acolhimentos será realizada pelas voluntárias do grupo “As Justiceiras”, que prestarão atendimento gratuito, online e multidisciplinar nos âmbitos jurídico, médico, psicológico e socioassistencial, com uma importante atuação na luta pelos direitos da mulher e com experiência em casos de violência e abusos contra mulheres no Brasil.

O Projeto foi idealizado pela advogada especialista em Direitos das Mulheres e Promotora de Justiça Gabriela Manssur, também fundadora do Instituto Justiça de Saia e com experiência de mais de 20 anos na área. Desde sua criação, o grupo “As Justiceiras” já conseguiu atender a mais de 13.500 vítimas, contando para isso com, aproximadamente, 15.000 mulheres voluntárias cadastradas.

Para que este projeto inédito e tão importante pudesse de fato se concretizar, muitas parcerias surgiram, com a intenção de proteger as mulheres. A Campanha conta com contribuição do banco alemão de fomento DEG e doações de parceiros, como a Câmara de Comércio e Indústria Brasil-Alemanha (AHK São Paulo), que deu todo o apoio ao processo de condução e aprovação do Projeto, bem como apoiou a interface e governança do tema externamente, junto a autoridades governamentais e outras empresas.

A Campanha quer contemplar não só as mulheres usuárias do transporte público, mas também as mulheres que trabalham como motoristas e cobradoras. O objetivo é dar mais segurança para as profissionais, tornando um ambiente de trabalho que é de certo modo hostil, em uma profissão cada vez mais atrativa para o gênero.

Uma das intenções da Mercedes-Benz e do Movimento A Voz Delas com a Campanha é estender também ao setor de transportes de cargas, alcançando profissionais do setor que também enfrentam este problema, seja em locais de parada, como postos de gasolina e oficinas mecânicas, ou até mesmo em outros locais do ambiente de trabalho, já que o tema assédio e importunação também estão presentes no segmento.

O Coletivo de Respeito é também mais uma Campanha que reforça as ações da montadora voltadas ao segmento de ônibus no Brasil. Com base no posicionamento “Pensando no coletivo. Pensando no futuro”, além de uma forte atuação nas redes sociais, a Mercedes-Benz busca mobilizar os diversos players do segmento de ônibus (empresas de transporte, gestores, parceiros e passageiros) para a busca permanente de soluções de mobilidade, de responsabilidade social e de compatibilidade ambiental, para hoje e para o futuro.

Mercedes-Benz amplia alcance da voz das mulheres

Roberto Leoncini, vice-presidente de Vendas e Marketing – Caminhões e Ônibus, da Mercedes-Benz do Brasil, afirma que o Coletivo de Respeito fortalece o compromisso da marca em dar, cada vez mais, voz às mulheres no transporte. “Nós já contamos com o Movimento A Voz Delas, que tem o objetivo de conscientizar a sociedade sobre a importância da participação das mulheres no transporte, como forma de empoderamento e equidade de gênero”, diz ele.

Começamos em 2019 com o segmento de caminhões e estamos ampliando o alcance desta iniciativa com o envolvimento de mulheres que atuam no setor de ônibus. Esta nova ação, que cria um canal de denúncia e proteção contra o assédio no transporte coletivo, junta-se aos nossos esforços em prol dos usuários de ônibus, da melhoria da qualidade de vida no transporte e da proteção à mulher. É uma satisfação ver a nossa marca como protagonista deste movimento, contribuindo especialmente com elas, além do ecossistema do transporte responsável e com a sociedade como um todo”.

Meninas, infelizmente este é um problema que não vê cara e nem local e pode acontecer com qualquer uma de nós, nossas filhas, irmãs ou amigas. Por isso, conscientizar sobre a importância de denunciar, pode não só inibir esta prática, mas quem sabe até formar uma nova cultura: a da segurança para as mulheres.

Denuncie!

Fonte: A Voz Delas