Agência aprova reajuste nas tarifas de pedágio das rodovias. A partir de 11 de fevereiro, as tarifas para veículos de passeio serão de R$ 13,50, enquanto motocicletas pagarão R$ 6,75. Caminhões de nove eixos poderão pagar até R$ 121,50.
Em um país com dimensões continentais como o Brasil, as rodovias são essenciais para a mobilidade de pessoas e o escoamento da produção.
Qualquer mudança em tarifas de pedágio tem impacto direto na economia e no bolso dos motoristas.
Em Mato Grosso do Sul, uma nova decisão regulatória resultará em reajustes nos valores cobrados em importantes vias do estado, afetando condutores e transportadores que dependem dessas estradas para suas atividades diárias.
A Agência Estadual de Regulação de Serviços Públicos de Mato Grosso do Sul (Agems) aprovou um reajuste de 4,83% nas tarifas de pedágio das rodovias administradas pela Concessionária das Rodovias do Leste MS S.A., conhecida como Way-112.
A partir de 11 de fevereiro de 2025, os novos valores entrarão em vigor, afetando cinco praças de pedágio.
Para carros pequenos, a tarifa subirá de R$ 12,91 para R$ 13,50. Motociclistas pagarão R$ 6,75, enquanto caminhões com reboque e caminhão-trator com semirreboque de nove eixos poderão desembolsar até R$ 121,50 por passagem.
Rodovias e trechos afetados
A concessão estadual cobre um total de 412,4 quilômetros, abrangendo três importantes rodovias que cruzam o estado:
Localização das praças de pedágio
Os novos valores serão aplicados em cinco praças de pedágio espalhadas pelos trechos concedidos. Os pontos de cobrança estão distribuídos da seguinte forma:
De acordo com a Agems, a atualização tarifária é um procedimento previsto no contrato de concessão e visa garantir o equilíbrio econômico-financeiro do serviço prestado pela concessionária.
O reajuste foi publicado na portaria nº 288 no Diário Oficial do Estado, embasado na necessidade de manutenção e melhoria das rodovias.
A Way-112 justifica o aumento destacando que os valores arrecadados são investidos na segurança viária, na qualidade da pavimentação e em serviços de apoio aos motoristas, como guincho e atendimento emergencial.
Segundo a concessionária, essas melhorias contribuem para reduzir o número de acidentes e facilitar o transporte de mercadorias e passageiros.
Para motoristas de passeio, o aumento pode parecer pequeno, mas para transportadores e frotistas que atravessam as rodovias diariamente, o custo acumulado pode representar um impacto significativo.
O setor de transportes já enfrenta desafios com os altos custos de combustíveis e manutenção dos veículos, e o reajuste do pedágio se soma a esses desafios.
A Federação das Empresas de Transporte de Carga e Logística (Fetransul) manifestou preocupação com o aumento, alertando que ele pode resultar em reajustes nos preços de fretes, o que impactaria também o consumidor final.
“Os transportadores já lidam com uma série de desafios financeiros e tributários. Qualquer reajuste nos custos operacionais acaba refletindo nos preços dos produtos transportados”, destacou um porta-voz da entidade.
O reajuste do pedágio na Way-112 segue uma tendência observada em outras concessões pelo Brasil.
Em estados como São Paulo e Paraná, as tarifas também passaram por reajustes nos últimos anos, sempre com o argumento de necessidade de manutenção e ampliação da infraestrutura.
Especialistas apontam que o modelo de concessão tem vantagens, como a melhor conservação das vias, mas que é necessário maior transparência na prestação de contas por parte das concessionárias.
Com a vigência dos novos valores, espera-se que a arrecadação seja revertida em melhorias efetivas na infraestrutura das rodovias.
Para os motoristas, resta acompanhar e cobrar a execução das obras prometidas, garantindo que o valor pago no pedágio traga retorno em segurança e conforto nas estradas.
Segundo especialistas, diante do aumento nos custos, é essencial que os motoristas estejam atentos a possíveis alternativas de trajeto, avaliem o impacto no planejamento financeiro de viagens e, se necessário, busquem estratégias para minimizar os efeitos do reajuste, como compartilhamento de veículos ou uso de rotas alternativas quando viável.
De todo modo, o reajuste nas tarifas da Way-112 reacende o debate sobre o custo da mobilidade no Brasil e a eficiência do modelo de concessão.
O que resta saber é se os motoristas verão, na prática, os benefícios prometidos com o aumento da arrecadação.
Fonte: Click Petróleo e Gás