Motoristas que trafegam pelas rodovias BR-365 e BR-364 pagarão mais caro nas praças de pedágio. O reajuste autorizado pela ANTT visa manter o equilíbrio financeiro da concessão, considerando critérios técnicos e investimentos, embora o impacto no bolso seja inevitável.
Para motoristas que circulam pelas rodovias BR-365 e BR-364, uma notícia desagradável está a caminho: o valor dos pedágios será reajustado em breve.
A partir de 14 de novembro, as tarifas nas praças de pedágio sob a concessão da EcoVias do Cerrado, em Minas Gerais e Goiás, sofrerão um aumento que promete impactar o bolso dos viajantes.
Mas, afinal, quais são as motivações por trás desse reajuste, e como ele afetará diretamente os condutores dessas regiões?
A decisão de aumentar as tarifas em R$ 0,20 foi autorizada pela Agência Nacional de Transportes Terrestres (ANTT) e publicada no Diário Oficial da União (DOU).
Com essa mudança, o valor da tarifa básica passará de R$ 5,70 para R$ 5,90 para veículos da categoria 1, que inclui automóveis de passeio.
Esse reajuste será implementado nas seguintes praças de pedágio da BR-365: Uberlândia (km 646), Monte Alegre de Minas (km 704), Ituiutaba (km 765) e Santa Vitória (km 834).
Já na BR-364, no estado de Goiás, o aumento afetará as praças de Paranaiguara (km 32), Cachoeira Alta (km 923) e Jataí (km 156).
De acordo com a concessionária EcoVias do Cerrado, esse aumento segue uma revisão tarifária anual prevista em contrato.
Esse processo, conduzido pela ANTT, leva em consideração diversos fatores técnicos, incluindo o Índice Nacional de Preços ao Consumidor Amplo (IPCA) e os investimentos feitos pela concessionária ao longo do período.
Esses elementos são essenciais para garantir o equilíbrio econômico-financeiro do contrato de concessão e permitir que a concessionária continue a oferecer manutenção e melhorias nas rodovias sob sua gestão.
A atualização anual das tarifas é vista pela concessionária como um reflexo dos custos de operação e do compromisso com a qualidade do serviço oferecido aos usuários das vias.
Segundo a EcoVias do Cerrado, as melhorias que ocorrem nessas estradas são, em parte, financiadas pelo valor arrecadado nas praças de pedágio.
Dessa forma, o reajuste representa, segundo a concessionária, um caminho para assegurar a continuidade dos investimentos e da segurança nas rodovias.
A revisão tarifária anual segue uma série de critérios contratuais e técnicos estabelecidos pela ANTT. Entre eles, o IPCA é um dos indicadores econômicos centrais, refletindo a inflação acumulada no período e, consequentemente, o custo de insumos e serviços.
Além disso, a agência leva em conta investimentos que a concessionária fez para melhorar as condições das estradas, como duplicações, reparos, novas sinalizações e projetos de segurança viária.
Dessa forma, a ANTT procura manter o equilíbrio financeiro do contrato, atendendo tanto aos interesses da concessionária quanto ao bem-estar dos usuários.
Para os motoristas que utilizam essas rodovias diariamente ou em viagens esporádicas, o aumento na tarifa pode parecer um acréscimo modesto, mas ele se acumula em trajetos de longa distância ou em rotas frequentes.
Esse reajuste reflete a dinâmica de contratos de concessão que visam, ao mesmo tempo, garantir a viabilidade das operações e a qualidade dos serviços oferecidos.
Em meio a isso, os usuários se perguntam até que ponto esses reajustes realmente resultam em melhorias visíveis nas rodovias.
Apesar dos argumentos técnicos, o impacto financeiro é sentido diretamente no bolso, especialmente em um cenário econômico no qual cada gasto adicional é significativo.
Fonte: Click Petróleo e Gás