A produção de caminhões no Brasil cresceu 10% em agosto na comparação com julho. Ou seja, foram 13,1 mil unidades no mês passando, ante 11,9 mil do anterior. Do mesmo modo, na comparação de agosto com o mesmo mês de 2023, quando foram feitos 9,6 mil caminhões, a alta foi de 36%. Os dados são da Associação Nacional dos Fabricantes de Veículos Automotores (Anfavea). Além disso, no acumulado de janeiro a agosto, a produção de caminhões no Brasil somou 89,4 mil unidades. Dessa forma, são 40,7% de alta em relação aos números do mesmo período em 2023. Ou seja, quando a produção de caminhões no Brasil somou 63,5 mil unidades.
Conforme o vice-presidente da Anfavea, Eduardo Freitas, esse é o melhor ano para a produção e venda de caminhões desde 2022. Vale lembrar que há dois anos, as vendas de caminhões estavam aquecidas sobretudo por causa da proximidade do início da vigência do Proconve P8, equivalente ao Euro 6.
Produção de caminhões e a melhor desde 2022
Isso porque as novas regras de controle de emissões de poluentes por caminhões exigiu a adoção de componentes e sistemas mais avançados. Com isso, os preços dos caminhões novos subiram até 30%. Como resultado, muitas transportadoras anteciparam as compras, o que fez crescer a produção.
“Os números do mês passado demonstram que estamos voltando ao cenário de normalidade. Este é o melhor agosto desde 2022. E reflete um bom momento do mercado que deve se perpetuar nos próximos meses”, diz Freitas.
Segundo os dados da Anfavea, em agosto a produção de ônibus recuou 1,8% na comparação com os números de julho. Foram feitas 2.156 unidades no mês passado e no anterior, 2.196. Porém, na comparação de agosto deste ano com o mesmo mês em 2023, o saldo é positivo em 5,3%. Ou seja, naquele mês a indústria fabricou 2.048 ônibus.
Além disso, o resultado é positivo no acumulado do ano, em 41%. De acordo com a associação das fabricantes, de janeiro a agosto as fabricantes entregaram 19.020 ônibus, ante 13.490 em igual período de 2023. De acordo com Freitas, a expectativa é de recuperação do mercado.
Ele lembra que, dos 7 mil veículos que vão ser feitos em 2024 para atender o Programa Caminho da Escola, apenas 1,6 mil foram entregues. Além disso, ela afirma que a atual retração está ligada ao período eleitoral. Ou seja, as prefeituras interrompem as compras para atender a legislação.
Fonte: Estradão – Estadão